Porque' hà uma grande guerra entre Benfica e FC Porto

Há grandes zangas de família que começam ao jantar. E há-as que, desencadeadas por causa de um jantar, põem em confronto pessoas que já estiveram juntas a defender o mesmo emblema, como sucede com Pinto da Costa, Reinaldo Teles e José Veiga, os nomes da mais recente discussão entre dirigentes do FC Porto e do Benfica, para cuja SAD o último se transferiu depois de ter abandonado a esfera das Antas. Desencadeada pelas versões desencontradas a propósito de um jantar deste último com um ex-árbitro assistente, há uma semana, em Penafiel, começou numa denúncia feita pelos portistas através da página oficial na internet. Veiga começou por responder com ironia e desvalorizar o encontro; quase uma semana depois, Pinto da Costa reagiu de forma mordaz e subiu a parada: chamou-lhe mentiroso e contou outra versão do jantar, acrescentando-lhe a presença de um árbitro no activo. Ontem, de manhã, o dirigente do Benfica devolveu a acusação, atribuindo-lhe a responsabilidade por 25 anos de mentiras e para o provar foi desenterrar histórias antigas.
No rescaldo da discussão, Reinaldo Teles, administrador da SAD azul e branca e companheiro de percurso de Pinto da Costa no clube, contou a O JOGO a origem desta relação que chega a parecer de ódio. Lamenta ter dado a mão ao "Zé", como chama ao antigo presidente da Casa do FC Porto no Luxemburgo. José Veiga, tal como Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, permanecem sócios do FC Porto. Pinto da Costa e Reinaldo Teles não são filiados no rival da Luz. É só uma curiosidade ou, se se preferir, mais uma acha para a fogueira, que há anos se alimenta de pormenores do género. Há tanto tempo que chega a ser preciso um glossário para ajudar a perceber a que se referem uns e outros.